Merenda Escolar em Foco: Congresso Debate Triplicação do Orçamento para Garantir Alimentação de Qualidade nas Escolas Públicas
O debate sobre o financiamento da merenda escolar voltou ao centro das discussões no Congresso Nacional, impulsionado por declarações recentes do presidente da Bancada da Educação, que defende um aumento de até três vezes no orçamento atualmente destinado à alimentação dos estudantes da rede pública.
A proposta surge diante de um cenário preocupante: em muitas escolas do país, a verba repassada não é suficiente para garantir refeições de qualidade e em quantidade adequada, comprometendo não apenas a nutrição dos alunos, mas também o rendimento escolar e a permanência nas salas de aula. A alimentação escolar é, para milhões de crianças e adolescentes brasileiros, a principal ou única refeição completa do dia, o que transforma a merenda em um componente essencial das políticas públicas de combate à fome, à evasão escolar e à desigualdade social.
No entanto, segundo especialistas e gestores da educação, os valores atuais repassados pelo Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE) não acompanham a inflação dos alimentos nem os custos logísticos, o que obriga muitas prefeituras e estados a complementarem o orçamento com recursos próprios — algo que nem sempre é possível, especialmente em regiões mais vulneráveis economicamente. A proposta de aumento do orçamento, defendida pela Bancada da Educação, pretende não apenas corrigir essa defasagem histórica, mas também valorizar a merenda como parte estratégica do processo educativo.
O argumento central é que investir em alimentação escolar de qualidade é investir em aprendizagem, desenvolvimento humano e dignidade. O tema, que já está sendo discutido em comissões e frentes parlamentares, deve ganhar força nas próximas semanas, especialmente com o avanço das pautas orçamentárias e as pressões de entidades representativas da educação e da sociedade civil.
Caso o aumento seja aprovado, será necessário garantir que os recursos cheguem de forma eficiente às escolas e sejam aplicados com transparência e responsabilidade, garantindo que o impacto positivo se traduza diretamente na vida dos estudantes. A expectativa é que essa mobilização gere resultados concretos e duradouros, fortalecendo a merenda escolar como um direito e não apenas como um complemento da rotina escolar.
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